Armindo Pinto conta que um dia falou para Boal que estava lendo a biografia dele, Hamlet e o Filho do Padeiro, e mesmo antes de finalizar a obra, já havia identificado 12 referências à cidade de Santo André .
Teatro do Oprimido Revolução Teatral
quarta-feira, 18 de junho de 2014
Santo André tem relação histórica com o Teatro do Oprimido
terça-feira, 17 de junho de 2014
O retorno da Feira Paulista de Teatro do Oprimido a Santo André também marca a volta das atividades do Grupo Revolução
A molecada cresceu, foi ao mercado de trabalho e tudo parou depois de muita resistência. Eles são o símbolo de um legado e seu retorno tem de ser festejado de uma maneira bem bacana. Temos uma história potente que mostra ainda ter vida. É motivo de orgulho ver esse mesmo pessoal ter sobrevida”, comenta Armindo.
segunda-feira, 16 de junho de 2014
GRUPO REVOLUÇÃO TEATRAL INICIA FORMAÇÃO EM TEATRO DO OPRIMIDO E MÉTODO LABAN DE DANÇA
GRUPO REVOLUÇÃO TEATRAL INICIA FORMAÇÃO EM TEATRO DO OPRIMIDO E MÉTODO LABAN DE DANÇA
AOS DOMINGOS DAS 13:30 h. ÁS 16:30 h.
Oficina de formação aberta á todos(as) interessados(as).
CESA CATA PRETA - Estrada do Cata Preta, 820
INSCRIÇÕES GRATUÍTAS NO LOCAL
Parabéns Jane, Douglas, Dadá, Luciana, Jailson,e àqueles(as) que se agregaram ao grupo: Fernando, Claiton, Evelin.
quinta-feira, 19 de agosto de 2010
Revolução Teatral - TEATRO DO OPRIMIDO ATUA NA FAVELA DOS EUCALÍPTOS
À convite da comunidade, o Grupo Revolução Teatral passou a atuar no “Barracão do Campo” na Favela dos Eucaliptos, região do Cata Preta em Santo André.
O barracão construído todo em madeira junto ao campo de futebol ( daí o nome), e que estava sem atividades foi, por iniciativa da comunidade e do grupo, reativado com os ensaios e apresentações do Revolução Teatral.
A idéia é que, sem perder suas características de uso comunitário, o espaço se transforme em um pequeno teatro para apresentações de grupos convidados, ou da própria comunidade, além do próprio Revolução Teatral.
A primeira atividade foi uma imersão de dois dias em que o Grupo de Teatro do Oprimido da UNESP formado por alunos de licenciatura em Teatro e o grupo anfitrião trabalharam as técnicas de Boal.
Os ensaios já tem acontecido aos sábados à tarde e estão sendo programadas oficinas de teatro para crianças, jovens e adolescentes, dança de salão para adultos, além da criação do Clube de Mães. Valtinho , um dos inspiradores da idéia, e morador do local já desenvolve técnicas circenses com crianças.
Dentre as ações futuras está a grafitagem do barracão por alunos do Curso de Bacharelado em Artes Visuais da UNESP que com os jovens da comunidade executarão a obra.
Dos trabalhos no Barracão sairá o novo espetáculo que deverá abrir o VIII Encontro de Educação Popular que vai acontecer em Lins.
Quanto á transformação do espaço em teatro, o grupo inicia campanha para reunir o material necessário para a construção.
quinta-feira, 17 de junho de 2010
Revolução TeatraI promove: I Encontro Latino Americano de Teatro do Oprimido e Dança Contemporânea
" O cotejamento do Teatro do Oprimido com outras formas poéticas"
São Paulo- Brasil -Julho 2010
INSCRIÇÕES ABERTAS
Amigas (os)
Em julho de 2010, entre os dias 14 e 17 acontecerá o I Encontro Latino americano de Teatro do Oprimido e Dança Contemporânea em São Paulo, que abrangerá outras poéticas artísticas.
O evento será realizado nas dependências do Instituto de Artes da UNESP-Universidade Estadual Paulista Julio de Mesquita Filho e será organizado pelo GTO IA UNESP ( Grupode Teatro do Oprimido do Instituto de Artes)
Este encontro terá uma formação de 8 horas a p artir da sistematização que vem sendo desenvolvida por Armindo Rodrigues Pinto e Jane Vieira ( T.O. e Dança Contemporânea) no Grupo Revolução Teatral, que prioriza o movimento corporal como elemento cênico, na construção de esquetes de Teatro Fórum.
O Grupo Revolução Teatral formado por jovens e adolescentes da periferia de Santo André, sediado na Favela dos Eucaliptos, é referência na utilizaçãodas técnicas do teatro do Oprimido de Augusto Boal e há dois anos une essas técnicas ao Método Laban.
O corpo reciclado, a busca pela sensibilidade corporal transformada em movimento para o dialógo interno e com o mundo. Uma nova estética do oprimido, que leva o debate e a reflexão sobre temas tão ímpares como importantes: racismo, violência sexual, homofobia e qualquer tipo de preconceito ou violência.
Acontecerão também as oficinas Teatro do Oprimido e Paisagismo Sonoro a partir das obras de Boal e R. Murray Shaf er, com Flávio Silva , Introdução às técnicas do Teatro do Oprimido, com Sarah Reimann, Alice Nunes e Ariane Cuminale, ( alunos da UNESP) além de apresentações, debates e um fórum que terá como tema o Teatro do Oprimido na América Latina e no mundo.
Inscrições: enviar para este e mail brevíssimo currículo, indicando procedência, grupo a que pertence, atividades correlatas e entidades em que desenvolvem seus trabalhos.
Não há taxas ou pagamento de inscrição.
I ENCONTRO LATINO AMERICANO DE TEATRO DO OPRIMIDO E DANÇA CONTEMPORÂNEA "O cotejamento do Teatro do Oprimido com outras formas poéticas"
14 A 17 DE JULHO DE 2010
INSTITUTO DE ARTES DA UNESP
SÃO PAULO – BRASIL
Armindo Rodrigues Pinto
GTO IA UNESP
GRUPO RFEVOLUÇÃO TEATRAL
quarta-feira, 6 de janeiro de 2010
Revolução Teatral no 1º Encontro Latinoamericano de Teatro do Oprimido - Jujuy / Argentina
Reportagem sobre nossa viagem e última apresentação de 2009:
http://home.dgabc.com.br/default.asp?pt=secao&pg=detalhe&c=4&id=5783516&titulo=Grupo+Revolucao+Teatral+resiste+de+forma+independente
Oficina de Carnaval no SESC Santo André - Preparativos
Confira fotos no nosso Álbum Picasa dos preparativos para a Oficina.
quarta-feira, 2 de dezembro de 2009
Apresentação - Dezembro de 2009
SESC Santo André - 19hs Grátis
Rua Tamarutaca, 302. Santo André
Estréia "Ópera dos que não tem... voz"
VI Mostra Nacional de Teatro do Oprimido de Londrina
http://mostratolondrina.blogspot.com/
Fotos da apresentação de "Ópera dos que não tem... voz" dia 13/11/2009, no calçadão da cidade:
Ainda estamos postando fotos...
Praça Augusto Boal
Segue texto dito na homenagem:
1-Este terreno do qual tomamos posse hoje, tem um profundo significado simbólico:
Homenageia ao grande mestre – prático e teórico - do teatro popular e do oprimido em todo o mundo . Augusto Boal.
2- A colocação geográfica deste imóvel assinala valores importantes para a sociedade:
No cruzamento ao fundo, o terreno é demarcado pela rua Matarazzo, conhecido símbolo do capitalismo.
Ao seu lado, está av. Castelo Branco, marca maior da ditadura militar assassina que durante anos assolou o Brasil.
Em terceiro plano, mais ao longe, surge a Favela do Gato, cujos habitantes, são os pobres - desvalidos e oprimidos.
E na frente, em primeiro plano, a placa que destaca a paz, a fraternidade e o companheirismo oriundos do nascimento da nossa praça Augusto Boal.
3- Guardo do companheiro Boal e de sua amizade de mais de 40 anos o mais profundo respeito, admiração e carinho.
4- Lá por volta de 1963 tive a oportunidade de ser seu aluno de dramaturgia na EAD que funcionava aqui pertinho.....no prédio da atual Pinacoteca,
na av. Tiradentes..... Arena Canta Tiradentes.
DEZ VIDAS EU TIVESSE,
DEZ VIDAS EU DARIA
PELO BEM DA LIBERDADE.
5- De Boal recebi grandes lições de liberdade, fé e profunda crença no ser humano.
6- Depois quis o destino que eu me tornasse seu advogado durante as atrozes torturas que recebeu por parte dos algozes da ditadura.
7- Em seu nome, conseguimos pela primeira vez no Brasil a vitória num Mandado de Segurança, impetrado no Supremo Tribunal Federal, em Brasília.....
8- Por essa decisão o Supremo Tribunal determinou que o Governo da Ditadura entregasse a Boal, em Buenos Aires, onde se encontrava exilado, seu passaporte.
9- Na esteira desse “ Acórdão” vieram mais de 900 determinações entregando passaportes a mais de milhares de brasileiros perseguidos políticos.
Tenho guardado em minha casa um depoimento de Boal no qual ele declara como gostaria de ser lembrado:
“ Ficaria contente se a minha memória permanecesse através de toda a minha obra: teses, teorias, peças e acima de tudo, saber que gerações se exercitem na problemática do Teatro do Oprimido.....”
“O Teatro do Oprimido é uma grande árvore. Essa árvore tem as raízes na ética e na filosofia de humanizar a humanidade. É a nossa base”.Augusto Boal, março, 2009
Ao inaugurarmos esta praça – como um oásis – libertário – na crença de um mundo melhor, livre, igualitário e socialista lembraremos sempre a figura de Augusto Boal,
– mestre e amigo – recordado um fala do espetáculo “ O Evangelho Segundo Zebedeu” que ele ajudou a montar e que diz:
“Sou como a soca de cana
Me cortem que eu nasço sempre” ( bis)
Comanheiro Augusto Boal
PRESENTE ( repetir 3X )
terça-feira, 18 de agosto de 2009
SESC Santo André recebe o Revolução Teatral com "Relatos de Origem"
domingo, 16 de agosto de 2009
segunda-feira, 10 de agosto de 2009
Revolução Teatral em projeto de César Vieira e TUOV para homenagear Boal
Nessas reuniões acertaremos detalhes de uma das maiores homenagens que será feita ao nosso mestre. Aguardem mais notícias desse novo maravilhoso projeto que o Revolução Teatral estará participando!
Carta do Curinga Armindo Pinto para o Rede TO:
Date: Mon, 10 Aug 2009 16:22:02 -0300
From: teatroprimido.sp@uol.com.br
To: redeto@grupos.com.br
Subject: [redeto] homenagem à Boal no Teatro União e Olho Vivo
Olá pessoal!
PREPARAÇÃO DO ATO EM HOMENAGEM À BOAL
Nós do Revolução Teatral( 7 pessoas) e do GTO Instituto de Artes UNESP( 3 pessoas) estivemos, ontem dia 9, no encontro preparatório do evento em homenagem à Boal, que está sendo organizado por Cesar Vieira e o TUOV-Teatro União e Olho Vivo.
A homenagem acontecerá no dia 7 de novembro, na própria sede do TUOV onde será construído um espaço teatral que levará o nome de Boal.
Estiveram presentes, além de integrantes do TUOV, a Kelli representando o CTO, e representantes do Maracatu Coro de Carcarás, Movimento Negro da Zona Leste, teatro de rua de Santos, um grupo de samba de raíz
oriundo do TUOV, Revolução Teatral e UNESP.
O intuíto desta mensagem é conclamar todos que estão ligados ao teatro do oprimido, e não só, para comparecerem no próximo encontro preparatório que acontecerá no dia 30 de agos to, às 16 h. na sede do TUOV, assim se engajando na construção desta homenagem ao mestre Boal.
Por favor divulguem, divulguem, divulguem e para mais detalhes comuniquem-se com o TUOV na pessoa da Graciela no graro@terra.com.br
O GTO INSTITUTO DAS ARTES DA UNESP, inicia seus estudos teóricos sobre a obra de Boal.
Os encontros de formação prática continuam acontecendo às sextas feiras das 13:30 h. às 16 h. e os estudos teóricos das 16 às 18 h. no campus UNESP Barra Funda
Compareça, participe.
REVOLUÇÃO TEATRAL SE APRESENTARÁ NO SESC SANTO ANDRÉ, NA USP E NO ENCONTRO REGIONAL DE PROFESSORES MUNICIPAIS
DIA 18 DE AGOSTO-19 h. - SESC SANTO ANDRÉ - GRÁTIS (abrindo a oficina para jovens e adolescentes)
ABERTAS AS INSCRIÇÕES PARA AS OFICINAS - duração 4 meses - GRÁTIS - 3ªs e 5ªs 14 às 17 h.
DIA 20 DE AGOSTO ECA USP - 14 h.
DIA 21 ENCONTRO REGIONAL DE PROFESSORES DA REDE PÚBLICA MUNICIPAL DE SÃO PAULO
Grande abraço.
Armindo
quarta-feira, 5 de agosto de 2009
quarta-feira, 15 de julho de 2009
Revolução Teatral no VII FREPOP
22 a 25 de julho - Lins SP
Abertura Magna no dia 22 às 19hs.
http://www.frepop.org.br/
VII Fórum Regional de Educação Popular do Oeste Paulista
Tema: Educação Popular e Desenvolvimento Solidário Sustentável: Relação entre Educação, Cultura, Tecnologia Social, Economia Solidária e Sustentabilidade– Um outro mundo é possível
Programação:
www.frepop.org.br
“Homenagem à Boal e Paulo Freire”
O Revolução Teatral homenageia estes dois grandes nomes da educação e cultura mundiais teatralizando o dia-a-dia do próprio grupo, e apresentando os poemas construídos para esta homenagem.
“Onde foi que eu errei”
A peça trabalha tema delicado e ainda tabu para muita gente que é o homossexualismo, neste caso falando da dificuldade que os jovens enfrentam no momento de dialogar com seus pais sobre este assunto.
Construída a partir da realidade dos integrantes do grupo, a peça que não tem texto, e trabalha partituras corporais. A abertura da peça acontece com poemas escritos pelos integrantes do grupo.
"Porta-retratos da adolescência"
Intervenção teatral nos intervalos das mesas e conferências, que ocuparão os
jardins e pátio do local do evento.
Nesta intervenção os componentes do grupo falam de si próprios, suas angustias, sonhos e limites, a partir de objetos, dança e depoimentos pessoais.
"Maria da Represa"
Vai ser apresentada no calçadão da cidade e fala do meio ambiente e a necessidade de cuidarmos dos manaciais
GTO I.A. UNESP - Grupo de Teatro do Oprimido do Instituto de Artes da UNESP
Direção Armindo Rodrigues Pinto
O grupo que levará oito de seus integrantes, vai apresentar espetáculo de Teatro Fórum que debate os conflitos alunos x professores e a inércia dos estudantes, quando se fala de participação coletiva.
Projeto de extensão do I.A. UNESP o trabalho se desenvolve no sentido de formar futuros educadores nas técnicas do Teatro do Oprimido de Augusto Boal.
Será a primeira apresentação pública do grupo.
terça-feira, 23 de junho de 2009
Revolução Teatral no site Dykerama - Imprensa Abril/2009
Saiu no site DYKERAMA matéria de divulgação sobre nossas apresentações no Espaço Cultural Toca do Calango.
Agradecemos o apoio do site!!!
http://www.dykerama.uol.com.br/
Outubro Vermelho
domingo, 24 de maio de 2009
Apresentação no Pombas Urbanas
CoMpaREçAm!!!
Av. Metalúrgicos, 2.100.CEP 08471- 000 - Cidade Tiradentes
São Paulo – SP
quarta-feira, 6 de maio de 2009
O Revolução Teatral na impresa Fevereiro/Março/Abril de 2009
http://www.educacaoeparticipacao.org.br/modules/piCal/index.php?action=View&event_id=0000000801
Augusto Boal, legado e futuro - Diário do Grande ABC5 Mai 2009 ... Ora, o Teatro do Oprimido está em setenta países, está nas universidades inglesas, tem um festival nórdico; Boal falou para 12 mil ...
http://www.dgabc.com.br/default.asp?pt=secao&pg=detalhe&c=4&id=5742508&titulo=Augusto+Boal-+legado+e+futuro
Teatro do Oprimido resiste à falta de apoio em Sto.André
Grupo tenta sobreviver por conta própria; dos 70 participantes, restaram 18
http://www.abcdmaior.com.br/noticia_exibir.php?noticia=12948
Arte que forma cidadãos - Diário do Grande ABCO TO (Teatro do Oprimido), criado por Augusto Boal, tem como princípio a democratização do teatro, bem como a quebra da chamada quarta parede teatral, ...
http://cultura.dgabc.com.br/default.asp?pt=secao&pg=detalhe&c=4&id=5734607&titulo=Arte+que+forma+cidadaos
Grupo de Santo André se apresenta em São Paulo - Diário do Grande ABCO Grupo de Teatro do Oprimido Revolução Teatral, de Santo André, está em cartaz hoje, às 21h, e amanhã, às 19h, no espaço Contraponto (Rua Medeiros de ...
http://home.dgabc.com.br/?pt=secao&pg=detalhe&c=4&id=5731824
Teatro do oprimido ameaçado - Diário do Grande ABC
Após a mudança na gestão de Santo André, há cerca de dois meses, o GTO (Grupo de Teatro do Oprimido) Revolução Teatral, de Santo André, perdeu o espaço de ...
http://www.dgabc.com.br/default.asp?pt=secao&pg=detalhe&c=4&id=5734605&titulo=Teatro+do+oprimido+ameacado
Grupo Teatro do Oprimido comemora 12 anos com uma série de ...Direto dos porões da ditadura, o Grupo Teatro do Oprimido comemora a sua trajetória de sucesso, que já soma 12 anos, com uma série de apresentações em Santo ...
http://home.dgabc.com.br/?pt=secao&pg=detalhe&c=4&id=2642640
Falecimento de Augusto Boal
Augusto Boal morre aos 78 anos
Obra do dramaturgo é esquecida pelo poder público no ABCD
http://www.abcdmaior.com.br/noticia_exibir.php?noticia=13080
http://www.estadao.com.br/noticias/arteelazer,morre-o-dramaturgo-augusto-boal--aos-78-anos,364441,0.htm
http://www1.folha.uol.com.br/folha/ilustrada/ult90u559593.shtml
http://oglobo.globo.com/cultura/mat/2009/05/03/lula-lamenta-morte-de-augusto-boal-um-dos-maiores-dramaturgos-do-brasil-755667852.asp
http://www.dgabc.com.br/default.asp?pt=secao&pg=detalhe&c=4&id=5742146&titulo=Morre+Augusto+Boal-+o+criador+do+Teatro+do+Oprimido
Saudades eternas mestre!!!
Arquivo Janeiro de 2009
*********
[redeto] teatro do oprimido
De: redeto@grupos.com.br em nome de teatroprimido.sp@uol.com.br
Enviada: sábado, 31 de janeiro de 2009 1:34:42
Para: redeto@grupos.com.br
O Poder Público em Santo André, o Teatro do Oprimido e o Grupo Revolução Teatral II
Pois é. Não adiantaram os 12 anos de história e reconhecimento, nem o prêmio de Melhor Iniciativa Cultural do Grande ABC do ano de 2008, recebido pelo GTO Prefeitura de Santo André. Não adiantaram as centenas de apresentações em favelas, escolas, praças. A formação de 16 grupos populares, a vinda de mais de 40 pessoas de vários países que aqui estiveram para conhecer essa experiência com as técnicas de Boal. Artigos, teses, TCCs, a viagem de jovens de favelas para países como Canadá, Itália, Argentina. Formação para mais de dois mil cidadãos(ãs), e para centenas de servidores. Não adiantou a realização de seminários e encontros com gente de todo o Brasil e várias partes do mundo. A fundação do GTO Lisboa e do Fábrica de Teatro do Oprimido de Londrina a partir do contato com o GTO Santo André.
Nas últimas eleições o PT foi derrotado nas urnas, voltando ao poder, grupos, pessoas, com outra visão de mundo que não aquela que pautava a última administração, que era governar para todos, mas dando ênfase à periferia, à participação popular, e a construção de um mundo mais igual.
Assim o Grupo de Teatro do Oprimido foi extinto pelo novo governo que não se interessou por esta experiência que tanto reconhecimento angariou e tanto atuou com a população mais carente para seu empoderamento.
A lamentar as pessoas com deficiência física e/ou mental, os idosos e demais grupos que foram extintos. Assim o GTO foi expurgado do poder público.
Mas é claro, ficam na própria prefeitura e na cidade, principalmente na periferia, muitos ecos desse trabalho. Principalmente os idosos que levam o teatro por conta própria, assim como um grupo de jovens que formam o Grupo Revolução Teatral.
Formado por cerca de 20 jovens do entorno do CESA Cata Preta (Centro Educacional Cata Preta), no bairro do mesmo nome, esse grupo ocupa desde Dezembro, durante três dias da semana, espaços desse centro, com Jane Vieira, e Douglas Martins, ambos com 17 anos "tocando o barco" com a meninada.
Quanto a mim, falando em barco, não posso abandonar este, e na próxima terça feira, volto às atividades com o grupo, não como voluntário, mas por filosofia de vida, por entender que este grupo faz parte da minha vida, do meu ser. Mais do que isso, devem ter todo o apoio pelo que representam na luta de jovens da periferia para se inserirem na sociedade que os exclui, na transformação desses jovens em multiplicadores, pelo respeito ao movimento que desencadeiam na região em que moram, e porque não, na cidade em que vivem. São cidadãos-artistas, formadores, apesar de seus 14, 16,22 anos de idade. São jovens da periferia mais pobre da cidade que antes desta experiência, nunca tinham visto uma peça de teatro. Hoje são dramaturgos, poetas,encenadores atores e atrizes, criadores.A eles se somam dezenas que não estão no grupo mas atuam na vida, em suas escolas, em suas comunidades
Além disso, em março , inicia-se o Projeto de Extensão Universitária em que o Instituto de Artes da UNESP - Universidade Estadual Paulista, pelo seu curso de Licenciatura em Arte-Teatro dará duas bolsas a estudantes interessados em acompanhar o Revolução Teatral.
Desta maneira, com os jovens ocupando o espaço físico que lhes pertence, com o aval desse projeto de extensão, reforçaremos a existência do Teatro do Oprimido na periferia de Santo André. É preciso lembrar que na região do Cata Preta, jovens propõem trabalhos escolares com o Teatro Fórum, o Teatro do Oprimido foi inserido no RAP, temos alguns jovens multiplicadores, e há todo um movimento que se perpetua.
O grupo em 2007 se apresentou em Bahia Blanca, Argentina, abrindo o Encontro Internacional de Teatro Comparado, no Uruguai apresentou-se em centros de arte, praças e favelas do entorna da capital, Montevidéu.
Em 2008 viajou à Pernambuco se apresentando em feiras, escolas e no quintal da avó de uma componente do grupo, no sertão de Manari (400 km. De Recife)
Em João Pessoa na Paraíba, a convite da prefeitura o grupo fez a primeira apresentação teatral da história do Cabo Branco Tecnologia, Cultura e Arte, espaço projetado por Niemeyer com publico de 600 pessoas.
Em dezembro último "Relatos de Origem" que fala de racismo nas escolas foi apresentada para os coordenadores do ensino municipal de São Paulo causando grande debate entre os jovens e esses coordenadores, como entre os próprios profissionais de ensino.
Em 2009 pelo terceiro ano consecutivo fará a abertura magna do FREPOP - Encontro Internacional de Educação Popular que este ano acontecerá em Lins, interior de São Paulo.
Para marcar este novo momento de luta, o grupo fará pequena temporada em São Paulo, no Espaço Contraponto 55, cedido gentilmente pelos proprietários. O intuito é arrecadar verba para possível presença no Seminário de Curingas que vai acontecer no Rio, organizado pelo CTO Rio.
As apresentações se darão entre os dias 4 e 8 de março e o Revolução Teatral vai apresentar quatro peças de seu repertório.
"Pedras, Sonhos, Nuvens"
A partir das histórias pessoais e familiares o grupo construiu este espetáculo que mostra o conflito gerado entre os sonhos dos jovens e aquilo que os pais querem para seus filhos. A saga desses pais vindos do nordeste, os conflitos familiares, os casamentos precoces, os sonhos dos jovens da periferia são mostrados, sempre com musica e movimento, sem texto.
"Relatos de Origem"
Fala do racismo nas escolas e a grande dificuldade dos professores em lidar com isso, eles mesmos às vezes carregados de preconceitos. Inicialmente o grupo com imagens corporais mostra a história da população negra que veio da áfrica escravizada, passando pelos navios negreiros, Palmares, chegando à Candelária e Carandiru (111 presos mortos) até que a cena vai para a sala de aula mostrando as relações entre alunos e professores e alunos.
"Onde foi que eu errei"
O conflito entre jovens e seus pais, quando aqueles assumem sua opção sexual. A violência, o distanciamento, a pressão das igrejas, familiares e escola. Como em todos os espetáculos, este é baseado na realidade de componentes do grupo.
"Maria da Represa"
A Falta de responsabilidade com o meio-ambiente, problema que é agravado na periferia em que muitos moram em beira de córregos. A peça mostra a luta de uma dona-de-casa que tenta cuidar do meio - ambiente não obtendo resposta de seus vizinhos.
A peça teve mais de 70 apresentações em toda a periferia de Santo André dentro do "Projeto Minha Rua, Meu Teatro".
Em breve daremos detalhes como horários, endereço, mapa, etc. para aqueles que se interessarem em prestigiar o evento tenham as informações necessárias.
No mais deixar os agradecimentos a todos aqueles que de alguma forma colaboraram com o GTO nesses 12 anos e aqueles que se unem a nós neste novo momento de vida com o Teatro do Oprimido.
Quero também convidar a todos que se interessem por trabalhar, ou terem contato com as técnicas do Teatro do Oprimido, para participarem do Centro de Teatro do Oprimido que iniciará suas atividades em março no novo Campus da UNESP, na Barra Funda.
Armindo Rodrigues Pinto